De minha razão
faço vontade.
Reviro a façanha de
ser mentira.
Um azedo sol
torna-se noite.
O arredor da vida
traduz demônios.
Há vícios que estão presos
na garganta,
esperando ser contidos por um
refúgio de más intenções.
Entre redomas de areia,
delírios transformam-se
em partículas de ausência.
Não existe nada ao redor,
a não ser aquela aflição narcisista
de colher desejos,
de sorrir alguma trova
incompreensível.
Rompemos o gozo do mundo
Agora nos resta a liberdade.
(abril 2020)
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