Quero gritar uma
palavra silenciosa,
daquelas que
insistem em dizer algo
indivisível.
Aquela palavra
acalentada entre azuis
dentre azuis
escondidos num papel
esquecido.
Ergo um verso
atormentado em brisa,
pelo horizonte
tímido que emoldura
um céu efêmero.
Ouço vontades
pálidas.
O silêncio precede o
aconchego
do mundo.
Percebo aos olhos
todas aflições
que me tornam
margem.
Quero a expressão
ampla do tempo.
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Meu poema não escuta
o redor.
Apenas sorri.
(outubro 2017)