terça-feira, 10 de outubro de 2017

Poema surdo

Quero gritar uma palavra silenciosa,
daquelas que insistem em dizer algo
indivisível.
Aquela palavra acalentada entre azuis
dentre azuis escondidos num papel
esquecido.
Ergo um verso atormentado em brisa,
pelo horizonte tímido que emoldura
um céu efêmero.
Ouço vontades pálidas.
O silêncio precede o aconchego
do mundo.
Percebo aos olhos todas aflições
que me tornam margem.
Quero a expressão ampla do tempo.
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Meu poema não escuta o redor.
Apenas sorri.



(outubro 2017)

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Dizem da poesia revolução. Pois ela se encontra à vista daqueles que acreditam na palavra como instrumento de mudança.