Diante do espelho,
desvendamos estrelas
de um mundo só nosso.
Rasgamos o passado de
infância e esconderijos:
a realidade nos aguarda.
Sentimos que mais nada
será como antes,
nosso sorriso não caberia
numa lágrima.
O tempo inunda
sonhos que guardarão
juventudes.
E assim, restarão saudades...
Carregamos nos braços
uma esperança indomável.
A liberdade acena silenciosa,
repleta de canções que ainda
não floresceram.
Emolduram-se destinos.
Arquitetam-se delírios.
Um amanhecer conta os dias
para recomeçar,
pois a vida encaminha-se,
deliciosamente inquieta,
pela ternura de nossos olhos.
(dezembro 2014)