quarta-feira, 13 de julho de 2011

Década

O tempo condiciona a novidade.
Como crianças,
brincamos astros como roseiras
e extravasamos.
A vida nos permite inflarmos,
mornamente,
sobre brisas tolas que renascem
e morrem distantes.
Nossos instintos se ampliam,
novas estradas são desenhadas.
Rotinas medonhas assim desabrocham
entre bocas e esperanças.
A novidade restringe o tempo.
Como adultos,
racionalizamos sonhos em meras
esquinas.
Um ciclo sobrevive por nossas
mãos
e uma fagulha de lembrança
ainda resiste no cruel embate
de décadas adormecidas.



(julho 2011)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Minha cabeça é um problema

Revolta-se meu corpo chacais
num legado gritos a prêmio.
Flores pesadas são embrulhos,
sorrio todos os rostos que
por acaso são meus.
Ideia feito carniça blasfema o mundo:
santo pobre mundo.
Percorro noites como sombra inválida
deusa de lodos.
Trafegam delírios sórdidos
em meus estragos.
Sou prenúncio de olhares impiedosos,
tempo vivo de magras estrelas.
Esmago esperas solfejadas em destinos.
Cobre-se palavras ao insensato.
Degusto loucuras sórdido paladar
torturado por almas resumidas.
Num bocejo clamo por paixões inúteis
refletidas em nada.
Da vetigem cabeça a dentro
salva-se a coerência
de meu inverso.




(julho 2011)

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Dizem da poesia revolução. Pois ela se encontra à vista daqueles que acreditam na palavra como instrumento de mudança.