terça-feira, 11 de abril de 2017

Biometria

Hoje acordei com gosto chuvoso
de passado,
onde o tempo se esconde em
trevas robustas.
Há uma sombra amiga me aguardando
numa esquina qualquer,
colhendo lembranças pelas quais
não pude suportar.
Meu desejo goteja cinzas.
Os olhos gargalham alguma estrela.
A solidão brinca entre símbolos
e vazios,
devorando o turvo exagero de certos
tormentos.
A manhã é um prenúncio sórdido
no detalhe morto de meu conforto.
O café está pronto.
As angústias me esperam.
Rancores passeiam pelas ruas.
Espero cada amanhã como se
destino fosse apenas miragem.


(abril 2017)

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Dizem da poesia revolução. Pois ela se encontra à vista daqueles que acreditam na palavra como instrumento de mudança.