na crença de minha angústia.
Vai dormindo num sol azul
o ancorar de uma espera.
Filho meu, será o temor de
meu ventre,
dedos cegos a procura de
arranha-céus de fogo,
palavra por palavra,
sentido de sua tanta
existência.
Preparo um filho pródigo
nas esquinas dum mar salvo
onde nascerá torto,
belo,
extremo,
para que nos meus dias
restantes e cansados,
eu seja estranhamente
eterno
pelos delírios de minhas
preces noturnas.
(agosto 2010)