Entrelaçadas
num baile insano,
borboletas
ensaiam uma valsa inundada
de
lembranças.
Remendam
o ar desprovido de sonhos
através
do ranger de seus mistérios.
Não
há flor,
nem
esperanças,
nem
ilusões.
Apenas
um zumbido seco que invade
lares,
narinas,
escombros.
Resta
apenas um momento ofegante,
em
que asas absurdas não se harmonizam
com
o vigor do tempo.
Sobrou
apenas a dança.
Eternizada
pela despedida infame
de
delírios fingidos
que
se desfizeram por
um
longo instante.
(abril 2020)
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