num asilo perdido de emoções.
Caducam velas nos meios findos
consumidos pelo marasmo
delirante do mundo.
Vasto pobre mundo
vagando fundo sem desejo pronto
sem destino pronto
sem a prontidão do anseio
imenso
disperso
descrente.
Eu anseio a vida.
Eu desejo a sorte.
Eu destino a morte.
Afronto-me em meus amores,
cheios de ingrata pantomina,
as dores imersas num vazio
tão vazio de emoções inúteis.
(julho 2006)