Duas
taças de vinho na mão.
Alguns
absurdos na memória.
Música
qualquer nos ouvidos.
A dança
gira em algum lugar do estômago.
Festeja-se
sabe lá o quê.
Simplesmente
há uma fagulha no asfalto, imperceptível.
O gosto
de liberdade é forte,
deixa
tonto.
Apenas
troca beijos com um vento inegociável.
A vida
para entre três palavras mal trocadas.
O delírio
de esperança é híbrido.
Quer
voltar para casa.
Mas os
destinos involuntários não permitem.
Uma selva
de sensações se dilui nos vinhos,
entre cervejas,
nos bares
de esquina,
pelos contentamentos de rostos indecifráveis.
Apenas a
felicidade não se completa.
De
maneira alguma.
Está à
espera de um convite malicioso
para um possível
drinque
em qualquer
esquina ansiosa
por aí.
(abril 2020)
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