dedicada a Ilha do Governador
Aquela valsa inquieta
entre barcos
não é mais a mesma.
O entrecortar aflito
das ondas tocam
pedras como sonho.
Não há entre mim e
brisa algum segredo
que me torne sol.
Talvez sussurre
gaivotas que desenham
um pequeno
entardecer.
Confronto a
sinceridade das praças
a partir das
areias turvas.
Há um ínfimo
cântico que mareja
o tempo feito
ilusões tímidas.
Quem sabe a
saudade,
embevecida de
sentidos,
arquitetada por
olhares,
esteja brevemente
adormecida
nos entornos
bucólicos e marejados
daquela ilha.
(maio 2019)
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