Cantorias de galhos vagam pelas sombras.
Agonizo mundo que não admite sonhos.
Pareço uma rocha assombrada.
Afronto dunas de verdades mortas
enquanto berro a minha própria
carne inquieta.
Atordoado por amargas angústias,
conto minhas mágoas para um
véu absurdamente invisível.
Gotejo a existência como eternidade ingrata,
pois definho em pequenos sentimentos,
robustos destinos,
estranhas alucinações.
Fatigada entre dilemas,
a vida nasce às avessas
e contorce as esquinas como um
delicado imprevisto.
Sou, provavelmente, um poeta insano...
(agosto 2012)
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