como voz e fogo moldando ilusões inúteis.
Que encanto há naquela ternura mal resolvida?
O que se diz nas esquinas breves de uma borboleta?
Passam-se-se horas girando mudas de canções.
Passam-se vidas recontando sinos de ninar estrelas.
A noite cruel aproxima-se ao sabor de meus olhos,
seduzindo versos na medida do impossível.
E corre o verbo nas estradas de sincrônicos medos,
pois irão saborear o tempo esmigalhado pelo esboço das flores.
Do calar morno das angústias, brotam segredos lacônicos,
fazendo-me chorar a felicidade mais distante
escondida na minha eterna vontade de tocar o céu.
(setembro 2010)
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