domingo, 19 de maio de 2019

Pequena sessão de cinema

Devora-se a tela num antro de imagens.
Gigantesco,
o entrecortar de cenas engole os olhos,
cuidadosamente.
O filme observa a história no que
apenas se contenta ao tempo.
As luzes enfileiram pretensões.
O mundo assiste um grunhido surdo
de um vazio decerto.
No fim da sessão,
o barulho das poltronas
comemoram o levante
dos que se brisam.
Volta-se à realidade.
Uma tela de angústias torna-se atenta
para a amplitude escura e tênue
de destinos.

(abril 2019)

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Dizem da poesia revolução. Pois ela se encontra à vista daqueles que acreditam na palavra como instrumento de mudança.