quarta-feira, 13 de julho de 2011

Década

O tempo condiciona a novidade.
Como crianças,
brincamos astros como roseiras
e extravasamos.
A vida nos permite inflarmos,
mornamente,
sobre brisas tolas que renascem
e morrem distantes.
Nossos instintos se ampliam,
novas estradas são desenhadas.
Rotinas medonhas assim desabrocham
entre bocas e esperanças.
A novidade restringe o tempo.
Como adultos,
racionalizamos sonhos em meras
esquinas.
Um ciclo sobrevive por nossas
mãos
e uma fagulha de lembrança
ainda resiste no cruel embate
de décadas adormecidas.



(julho 2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Dizem da poesia revolução. Pois ela se encontra à vista daqueles que acreditam na palavra como instrumento de mudança.