quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Centésimo

Sou meu herói.
Meu vilão, meu senão
bruto e puro:
fortaleza de cem mares.
Sou vário, infindo.
Sou contorno irrestrito
do escrúpulo que me cerca
sem sombras.
É meu devaneio atípico
que norteia mentes frias,
congelando sonhos,
devorando aflitos e conflitos.
Apodreço assim confuso
no meu tempo incerto,
em momentos de mim
que me reinam absolutos
sem cortes,
sem formas,
nos cem motivos fúteis
para viver,
tão singelamente,
nessa eterna melancolia.

(agosto 2006)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Dizem da poesia revolução. Pois ela se encontra à vista daqueles que acreditam na palavra como instrumento de mudança.