Meu vilão, meu senão
bruto e puro:
fortaleza de cem mares.
Sou vário, infindo.
Sou contorno irrestrito
do escrúpulo que me cerca
sem sombras.
É meu devaneio atípico
que norteia mentes frias,
congelando sonhos,
devorando aflitos e conflitos.
Apodreço assim confuso
no meu tempo incerto,
em momentos de mim
que me reinam absolutos
sem cortes,
sem formas,
nos cem motivos fúteis
para viver,
tão singelamente,
nessa eterna melancolia.
(agosto 2006)
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